sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pernilongo


Nome científico: Himantopus himantopus
É uma ave limícola que pertence à família Charadriidae. Em Portugal pode ser visto durante todo o ano, mas é mais comum no verão.
É de fácil identificação devido à suas longas patas vermelhas, fazendo lembrar uma cegonha em miniatura.
Ocorre geralmente em salinas e em outros planos de água doce ou salobra. No interior é mais escasso e pode ser observado em açudes e pauis.
Ferreira do Alentejo, Julho de 2009.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Garça-Real

Nome Científico: Ardea cinerea
É uma ave com o dorso cinza e uma faixa superciliar negra que se estende até as longas penas nucais. Também é conhecida pelos nomes de galangundo (em Angola) e garça-real ou garça-cinzenta (em Portugal).
Da mesma família das cegonhas, é a garça mais abundante e difundida da Europa. Possui um comprimento de cerca de 95 cm, uma envergadura de 185 cm e peso de 1,6 a 2 kg e pode viver cerca de 25 anos. As suas pernas são altas, o pescoço é longo e o bico alongado e afilado. Os juvenis apresentam cores mais claras, dorso cinzento acastanhado e ventre branco raiado de negroe não possuem penacho, atingem a maturidade aos dois anos de idade.
Pode ser encontrada normalmente em extensões de água doce com pouca profundidade e também em costas marítimas.
Alimenta-se principalmente de peixes, mas não despreza batráquios, répteis, pequenos mamíferos, insectos ou moluscos terrestres e aquáticos.
Nidifica normalmente em colónias, em cima de árvores, perto da água. Reproduz-se de Fevereiro a Julho. O seu ninho é chato, em forma de plataforma, semelhante ao das cegonhas. A fêmea põe de 3 a 6 ovos muito claros. Os ovos são cobertos alternadamente pelos dois progenitores durante 25 a 28 dias. Os jovens começam a voar ao fim de 50 dias e abandonam o território dos pais ao fim de 8 a 9 semanas.
Dizem que a garça-real dá sorte. Quando ela aparece no caminho dos pescadores eles ficam contentes, na certeza de que é um prenúncio de boa pescaria. E acontece o mesmo com as pessoas que são um pouquinho supersticiosas. Ao ver a garça cinzenta, abrem sorrisos de satisfação pela esperança de sorte no trabalho, no jogo, no amor.
Ervidel, Outubro de 2009.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Abibe-Comum


Nome científico: Vanellus vanellus

Esta é uma das espécies de mais fácil identificação da nossa avifauna, sobretudo quando em plumagem de adulto. O seu característico penacho comprido, mais longo durante a Primavera e o Verão, o padrão escuro (dorso) e claro (abdómen e peito), as patas algo compridas e as manchas brancas faciais permitem distingui-lo facilmente das restantes limícolas. No dorso, apresenta uma tonalidade esverdeada com reflexos, que perdem vivacidade na plumagem de Inverno. Quando em fuga, emite vocalizações extremamente características, parecidos a lamentos.
O abibe é abundante durante o Inverno na metade sul do país. A melhor época de observação centra-se nos meses de Outono e Inverno, sobretudo entre Outubro e Fevereiro. Na Primavera, e dado ser uma espécie rara como reprodutora, os seus números caem bastante. Ocorre sobretudo junto a zonas húmidas, prados húmidos, pastagens e zonas lavradas, estando ausente de zonas montanhosas ou densamente florestadas. Pode ocorrer em bandos de algumas centenas. No restante do ano, o abibe torna-se mais raro. Trata-se de uma espécie mais frequente a sul que a norte.

Também é conhecido como: abecoinha, abecuinha, abescoinha, abesconinha, abescuinha, abetoninha, abibe, abitoninha, águas-neves, avecoinha, avecuinha, ave-fria, aventoinha, avetoninha, bibe, bimbo, bisbis, coinha, coninha, cuinha, galeirão, galispo, matoninha, pavoncino, pendre e ventoinha.
Sejam bem vindas e voltem sempre...
Ferreira do Alentejo, Outubro de 2009.

Rã-verde


Nome cientifico: Rana perezi

Espécie de rã pertencente à família Ranidae, que se distribui pela Europa Ocidental, em especial Portugal, Espanha, França e Reino Unido.
Tem como habitat natural as florestas e matagais temperados, o matagal arbustivo mediterrânico, rios e ribeiros, cursos de água temporários, pântanos, lagos, paúis, margens arenosas, terrenos de cultivo e áreas urbanas, sendo que em determinados locais encontra-se ameaçada devido à perda de habitat.
A sua coloração é de tom verde, embora alguns exemplares possam ser pardos e bastantes escuros. Sobre esse fundo surgem manchas escuras e por vezes uma linha central de um verde mais claro ou amarelada. A região ventral é geralmente branca podendo apresentar manchas ou pequenos pontos negros.
Possui actividade quer durante o dia, quer durante a noite. Durante o dia mantém-se nas orlas dos cursos de água expostas ao sol. À noite, particularmente com tempo húmido, pode afastar-se consideravelmente da água em busca de alimento ou de locais mais propícios.
O período reprodutivo ocorre principalmente durante a Primavera. Neste período, os machos cantam ruidosamente e perseguem as fêmeas. A fêmea deposita entre 800 e 10 000 ovos em grandes aglomerados flutuantes.
A sua alimentação baseia-se em insectos, aranhas, minhocas, crustáceos, moluscos e mesmo pequenos peixes e anfíbios, incluindo exemplares da sua própria espécie.
Ferreira do Alentejo, Outubro de 2009.